sexta-feira, 5 de abril de 2013

A morte


Senhora morte, ou poderei dizer Ceifeiro(a), como popularmente és conhecida, diz-me, qual é o teu critério de escolha qunado decides levar alguém deste mundo? Está certo que a idade não é um deles, pois velhos e novos são todos incluídos no teu pacote. Bons e maus também não é de certeza, pois cobres ambos com o teu manto negro. Levas para junto de ti os moribundos e os saudáveis. Levas aqueles em que a morte é algo certo, mas também aqueles que ninguém espera que se vão tão cedo. Por isso pergunto mais uma vez, qual é o teu critério de escolha? Ou será que não existe e é mero acaso? Ou será que todos nascemos com o destino traçado por "alguém" que decide quanto tempo podemos viver e quando devemos padecer perante ti?
A única coisa que temos certa quando nascemos é que um dia virás para nos retirar o último suspiro, até lá vamos caminhando em direcção à impersivibilidade. Qual é o teu critério?

domingo, 20 de janeiro de 2013

Expectativas

O conceito de expectativa é definido como o "acto de esperar", ou "esperança baseada em supostos direitos, probabilidades, pressupostos ou promessa". Todos nós as criamos em relação a alguma coisa. Sempre me perguntaram quais eram as minhas expectativas em relação ao meu futuro, e a minha resposta era baseada nos meus sonhos, nos meus objectivos, nas minhas ambições, a idealização de que um esforço teria um retorno uns anos mais tarde. Hoje em dia quando me perguntam quais são as minhas expectativas em relação ao meu futuro a verdade é que fujo dessa resposta, porque acho que neste momento não faz sentido criármos expectativas em relação a ele, podem chamar de uma visão pessimista, mas eu considero-a uma visão apenas realista, nada mais.
Como é possível criar expectativas quando vivemos uma instabilidade económica cujas previsões são de um futuro incerto? Como é possível criar expectativas quando não se tem emprego, ou quem os tem está numa situação incerta ou precária? É o momento em que os sonhos e os objectivos deixam de fazer sentido e se passa para uma situação de desenrasque... Já apelidaram muitas vezes a minha geração de "Geração à rasca", diminuíndo quem lutou e se esforçou, incluíndo os bons e menos bons todos no mesmo saco, a verdade é que existem muitas pessoas a ocuparem cargos sem mérito nenhum, apenas a "coçarem a micose", não há espaço para os mais novos, que até poderiam fazer a diferença, porque não há oportunidades, e os "dinossauros" da sociedade ocupam os lugares que hoje poderiam ser nossos, estão cansados e sem vontade de trabalhar e de contribuir para a evoluçao do país, apenas se acomodaram aquela situação, só se preocupam com greves e manifestações, apenas reclamam e não apresentam soluções. Que expectativas podemos criar em relação a isto? Quando o factor "C" (Cunha) é o único que dá acesso a um bom emprego? 
Neste momento a minha única expectativa é continuar a lutar por aquilo em que acredito, a tentar melhorar e tentar fazer algo de útil, desenrancando-me de uma forma ou de outra, mas sem perder a dignidade e a integridade.