quarta-feira, 30 de março de 2011

Silêncio


Calo-me. Escuto-me.
Oiço palavras soltas, que formam frases, pensamentos. Solto um grito sem som, abafado, retido.
Penso-me, entendo-me.
Silêncio estranho, mas que faz sentido.
Fujo dele e ao mesmo tempo procuro-o.
Silêncio que fala e que transmite sensações.
Calo-me. Escuto-me, por diversas razões.

domingo, 27 de março de 2011

Erros

Ontem à noite numa saída com os amigos surgiu a conversa sobre erros. Uma rapariga do nosso grupo, depois de já estar um pouco tocada pelo álcool começou a chorar porque achava que errava muito, e tinha medo de fazer amizades por isso, e além disso é uma pessoa perfeccionista, o que torna esse medo aparentemente mais grave.
Levamo-la para a casa de banho tentando que ela se acalmasse. Toda a gente erra. Todos cometemos o mesmo erro várias vezes, mesmo sabendo que estamos a errar. Mas somos humanos, e isso diz tudo. Aprendemos com os erros, pode demorar algum tempo como pode demorar pouco, mas o que interessa é que aprendemos. Batemos com a cabeça vezes sem conta, caímos mas só não nos levantamos se não quisermos.
É legítimo termos medo de errar, mas quanto mais pensamos nisso mais tendência temos em faze-lo. Vai sempre haver alguém que te irá condenar pelo teu erro, mas terás sempre aqueles que te compreenderão e te farão ver que não é o fim do mundo, o que interessa é viver, estamos aqui para isso. Por isso vive.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Inspiração



Inspiração... de onde vem, como surge? De muitas coisas, de muitos assuntos em que pensamos. A minha surge quando estou mais deprimida, não me parece estranho, pois é o momento em que mais necessidade tenho de deitar cá para fora o que me entristece, o que me preocupa, ou o que me perturba.
Há algum tempo que me sinto a perder as forças para lutar por aquilo que quero, muitos dos meus sonhos estão bem distantes, tanto que acho quase impossível concretiza-los. Não quero ser uma desistente, por isso continuo a tentar, e principalmente, a acreditar.
Alguns deles alcancei-os, mas num ápice deixei-os escapar, uns por minha culpa, outros porque mos cortaram. Dói... Custa bastante tentar viver numa realidade que já não é a mesma, que ficou turva de um momento para o outro, mas que certamente seria esse o seu desfecho.
O que é bom não dura para sempre, já há muito tempo que o oiço dizer, mas não permitirei que o mau bloqueie o meu caminho, e tentarei fazer dele um degrau para construir a escada que terei que subir para alcançar os meus objectivos.
Inspiração, vai e vem, quando é necessária e quando a alma se inquieta...