terça-feira, 4 de maio de 2010

Uma eterna saudade

Trago comigo muitas lembranças que, por vezes, me provocam um enorme vazio e me trazem muitas saudades. Sim, saudades, a palavra que nós portugueses usamos com frequência, e por isso faz de nós este povo tão nostálgico.

Aproxima-se a Queima das Fitas e com ela vem a enorme vontade de recuar no tempo, era bom se fosse possível, mas como não é, restam as recordações, as boas recordações do tempo de estudante. Ainda nem fez um ano, mas custa tanto como se já tivesse passado uns dois anos ou mais. Coimbra, a melhor cidade para se estudar, para viver e sentir o espírito académico.

O traçar da capa pelos padrinhos na primeira Queima, ouvir a serenata que não me fez sentir nada de especial, e a reviravolta no último ano, ouvir e sentir cada palavra e cada acorde, ao ponto das lágrimas escorrerem pelo rosto. O ter que partir e não querer, mas saber que tinha que ser, que ali terminava uma das etapas mais importantes da minha vida.

Tenho saudades das noitadas passadas em minha casa e de amigos também, das jantaradas, nas parvoíces ditas. Atravessar a ponte sobre o Mondego em direcção ao recinto, às vezes trajada, com os pés a doerem, do frio e dos saltos altos a que não estava acostumada. Saudades das saídas de Terça e Quinta Feira à noite, dos convívios das faculdades, das bebedeiras, dos colegas e amigos. Saudades de vestir o traje, de praxar, dos jantares de curso. Agora são apenas boas recordações que guardo com carinho, por isso digo, para sempre Coimbra.



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