“Eu reconheço,
que tenho capacidades em mim, que desconheço.
Que às vezes falo demais, não me contenho.
Que reclamo além do necessário,
e quando contrariada,
me escondo, me retraio.
Eu reconheço,
que às vezes prefiro fugir, não me encontro,
prefiro deixar para lá, quando poderia lutar,
deixo o cansaço me vencer, por medo de perder,
nem sempre faço o que eu falo,
mas sempre falo o que deveria fazer.
Eu reconheço a minha carência,
a vontade de viver amando, suspirando,
exalando o perfume da paixão,
mas nem sempre deixo
o amor se estabelecer em mim, pois crio regras,
quero que o amor seja como eu sonhei,
e por vezes, ele é justamente o contrário.
Mas, se é amor, por que não?
Eu reconheço que pouco agradeço,
fico tentado em ver o que ainda não tenho,
esquecendo das minhas conquistas,
a alegria eu mal comemoro,
mas as decepções eu não esqueço,
por isso, eu reconheço, que em muitos dias,
eu não me conheço.”
Paulo Roberto Gaefke
1 comentário:
Querer ser o que o outro quer de nós, o que a sociedade quer de nós muitas vezes nos faz não nos reconhecermos na frente do espelho ou dentro de nós mesmos
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